terça-feira, 23 de abril de 2013

Visita ao parlamento

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No passado dia 26 de fevereiro, os alunos da turma 12ºE e 11ºD, acompanhados pelos professores Carlos Pires, Dina Ferreira, Joaquim Rodrigues, Regina Jerónimo e Sara Raposo, visitaram o edifício da Assembleia da República, em Lisboa.
 

Os alunos Cátia Silva, Sofia Cabrita, Rafael Fonseca (do 11º D) e Ana Sofia Cadete do 12º E, ficaram com a tarefa de fazer uma reportagem fotográfica. Os slides anteriores são uma montagem dos diferentes dos locais e momentos que eles registaram. Obrigada a todos!
 
Seguem-se alguns dos trabalhos, realizados pelas alunas Fátima Costa e Ana Sofia Cadete do 12ºE, sobre a visita guiada ao Parlamento. As fotos são dos alunos do 11º D, referidos anteriormente.
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A guia da visita começou por nos explicar a história do Palácio de S. Bento - desde o seu funcionamento no século XVII, como mosteiro da ordem religiosa dos beneditinos (a quem o edifício deve o seu nome) - até à sua função atual, local onde funciona um dos principais órgãos institucionais da democracia portuguesa: o parlamento.

Tivemos oportunidade de visitar vários locais do palácio e foram-nos dadas as conhecer a função específica de cada um deles, por exemplo: a Sala dos Passos Perdidos e Sala das Sessões. Além disso, em cada um destes locais, foram-nos transmitidas informações acerca de algumas das obras de arte aí presentes, como pinturas ou esculturas, por exemplo. Uma curiosidade interessante em relação ao nome da sala dos Passos Perdidos é que esta deve, originalmente, o seu nome ao facto de antes do regime democrático, as pessoas terem de esperar muito tempo para falar com os responsáveis políticos e, por isso, caminhavam de um lado para outro, sem direção (passos perdidos) para ver se o tempo de espera passava mais depressa. Hoje em dia é nesta sala - que antecede a sala das sessões (aquela onde ocorrem os debates políticos com a presença dos deputados de todos os partidos) os jornalistas continuam a ter de esperar (às vezes também muito tempo) para entrevistar os políticos.
 
Sem dúvida que o local de maior agrado e curiosidade foram as salas da Assembleia conhecidas como a Sala do Senado e a Sala das Sessões. É nestas salas que as grandes decisões políticas, que afectam a vida de todos os cidadãos, são tomadas. A Sala das Sessões – aquela costumamos ver mais na televisão - é muito mais pequena do que a imagem televisiva sugere e os deputados encontram-se bastante mais próximos fisicamente do que parece, é nela que se realizam as sessões parlamentares, as sessões solenes (como a do dia 25 de Abril), se votam os projetos de lei e as propostas de lei, etc. Foi dada aos alunos e professores, a oportunidade de se sentarem nos lugares normalmente ocupados pelos deputados e de ouvir uma explicação acerca do funcionamento do parlamento: as suas principais funções, as forças partidárias representadas, os mecanismos legais que os cidadãos têm ao seu dispor levar os deputados a analisar ou rever certas leis já em vigor, por exemplo.
 
No final, a guia respondeu, com bastante clareza, a todas as questões, dúvidas e pedidos de esclarecimento apresentados pelos alunos e professores.
Nesta visita ficamos a conhecer melhor o funcionamento de um dos órgãos de soberania mais importantes da democracia portuguesa. Julgo que é relevante os alunos contactarem com informações e locais relacionados com a política. No nosso país, as pessoas, nomeadamente os jovens, têm pouco interesse e pouca informação em relação a assuntos relacionados com a política e participam pouco na vida cívica, às vezes porque desconhecem como o podem fazer. Ter acesso ao edifício da Assembleia e informações sobre o seu funcionamento, é uma boa maneira de aproximar os jovens da política e, eventualmente, cativar o seu interesse.
Fátima Costa, 12ºE
 
Platão dizia que “o preço a pagar pela não participação na política é ser governado por quem é inferior”. De facto, se os cidadãos não se informarem sobre as decisões políticas e participarem criticamente, a qualidade da democracia pode ser melhorada e o risco de sermos governados por políticos incompetentes diminui. Assim, quando a professora nos informou da visita de estudo à Assembleia da República, pensei logo que íamos conhecer não só um sítio histórico, como o local onde os nossos governantes atuais tomam as decisões políticas fundamentais.
 
Do exterior, o edifício do parlamento deixa-nos assombrados pelo seu tamanho e pela sua beleza. À porta encontravam-se dois guardas, vestidos de uma forma interessante, e que eram extremamente simpáticos, eles até permitiram que lhes tirássemos fotos. Antes de entrarmos no interior da Assembleia passámos por uma máquina que verificou se não trazíamos connosco nenhuma objeto que pudesse interferir na segurança ou na integridade do espaço que íamos visitar. A guia já estava à nossa espera para nos mostrar e dar a conhecer os cantos da Assembleia da República.
 
Começamos no átrio e, enquanto olhávamos à volta, as palavras da guia fizeram a história do edifício chegar até nós. O Palácio de São Bento ao longo de anos sofreu várias alterações. Antigamente não se chamava palácio mas sim, Mosteiro Beneditino ou também Convento de São Bento da Saúde e foi inicialmente mandado construir por Baltazar Álvares. A guia explicou-nos que o palácio é do estilo neoclássico e que no interior contém obras de arte de diferentes épocas da história de Portugal. Ao longo do tempo, sua construção e preservação enfrentou vários problemas, tal como o terramoto de 1755 que danificou grande parte do palácio.
 
Depois, dirigimo-nos para o interior do Palácio e entramos em salas como o Salão Nobre, onde vimos pinturas a retratar a época dos descobrimentos e personagens marcantes dessa época, como Vasco da Gama. Pela Sala do Senado passa parte da história do nosso país, foi inaugurada em 1867, no reinado de D. Luís, cujo retrato ainda hoje se encontra ao cimo da mesa da presidência. A designação de Sala do Senado apenas lhe foi atribuída no período da I República. Hoje em dia é uma sala que é usada, frequentemente, para reuniões e para receber comissões ou para certas sessões como a do Parlamento dos Jovens.
 
O meu espaço preferido foi a Sala das Sessões. É nela que se reúnem todos os deputados eleitos nesta legislatura, sob a presidência de Assunção Esteves, a primeira mulher que ocupa este cargo (a segunda figura do Estado, logo a seguir ao Presidente da República). Nesse local foram-nos recordados conhecimentos como o número atual de deputados (230) e os principais traços arquitectónicos e estéticos da sala. O facto de poder sentar-me no sítio onde os deputados se sentam, fez-me alterar a ideia que tinha daquele lugar: na televisão temos a sensação que se trata de algo distante e inalcançável, na visita pude perceber que não é assim e qualquer um de nós, pode, se quiser e reunir certas condições, candidatar-se para desempenhar as funções de deputado no parlamento.
 
Por fim, ao sair da Sala das Sessões passamos pela Sala dos Passos Perdidos: o grande centro de encontros e desencontros entre os deputados, os membros de governo e os jornalistas.
 
O mais interessante desta visita foi a interacção entre a guia, os professores e os alunos, pois estes foram colocando questões à medida que visitavam o palácio. Foi uma experiência inacreditável que desvendou, para mim, vários mistérios causados pelo meu desconhecimento em relação a vários assuntos e me permitiu aplicar informações transmitidas nas aulas de várias disciplinas.
As pessoas deveriam ter mais interesse em visitar um sítio tão importante na nossa história presente e passada, e tão relevante no contexto da vida económica, política e social de Portugal. Sabem que toda a gente o pode fazer? É uma vista a não perder!
Ana Sofia Cadete, 12º E

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